segunda-feira, 12 de novembro de 2007


A Rede Solidária é uma organização que atua, sobretudo, na Zona Sul de São Paulo, nas áreas abrangidas pelas sub-prefeituras do M´Boi Mirim e Campo Limpo. Esta foi formada em 2004 e é constituída por: Empreendimentos de Economia Solidária, Instituições atuantes na região, Agentes Locais de Economia solidária e outros atores da comunidade; que tem como objetivo fomentar e garantir a representatividade de seus participantes no movimento de Economia Solidária.

É um espaço de difusão da Economia Solidária e suas práticas, sobretudo , das experiências de autogestão na formação de Empreendimentos de Economia Solidária, de Clubes de Trocas, Clubes de Compra e Banco de Trocas Solidárias; além de promover a troca de experiências, técnicas, idéias, informações entre grupos e pessoas participantes.

Esta tem como objetivo articular iniciativas em torno da promoção da Economia Solidária, ou seja, desenvolver novas formas de geração de renda baseadas no trabalho coletivo, na democracia e na valorização do homem e da natureza, ao invés do dinheiro.

As reuniões da Rede ocorrem quinzenalmente no Centro de Referência de Economia Solidária da Zona Sul, e são abertas a todas as pessoas que tem interesse em conhecer tais práticas, pessoas, grupos e instituições.


ALES – AGENTES LOCAIS DE ECONOMIA SOLIDÁRIA

Os Ales são agentes da Rede de Economia Solidária da Zona Sul, oriundos da própria localidade. Os objetivos da formação destes agentes são: fortalecer e enraizar a Economia Solidária na Zona Sul, fortalecer a Rede Solidária na região, a troca direta de conhecimentos entre a universidade e a comunidade, e aumento da autonomia das ações da Rede.

A atuação dos Ales está pautada no trabalho de formação em Economia Solidária na região. Estes atuam no Centro de Referência e na região, realizando articulação de projetos, políticas públicas, acompanhando o Clube de Trocas, o Clube de Compras e os Empreendimentos


INSTITUIÇÕES PARCEIRAS

  • Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares - itcp-USP

  • Cáritas Diocesana do Campo Limpo

  • Cieja – Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos

  • Associação Santo Amaro C


EMPREENDIMENTOS DE ECONOMIA SOLIDÁRIA
E.A - Produtos Ecológicos

O E.A é um empreendimento com princípios autogestionários que produz sabão, sabonetes e produtos de limpeza. Este é localizado no Jd. Clarice, Zona Sul de São Paulo, e iniciou suas atividades em 2003.

O principal produto do grupo é o sabão em pedra e em pote, que são produzidos a partir da reciclagem, uma vez que utilizam como matéria prima óleo de cozinha usado. Este óleo é coletado por meio da troca que o grupo estabelece com a comunidade; os vizinhos e amigos trocam o óleo, que utilizam domesticamente, por pedaços de sabão e dessa forma, contribuem com o processo de reciclagem do óleo, evitado seu despejo na rede de esgoto e conseqüente mistura nos rios da região.

Vida em Ação – Costura e Artesanato

Proveniente do extremo sudoeste da capital paulista (região da periferia do Capão Redondo), o grupo transforma o refugo da indústria têxtil em belíssimos artigos de arte, moda e decoração.

Membro ativo da Rede de Economia Solidária da Zona Sul e dos Fóruns de Economia Solidária, o grupo produz de maneira cooperativa, buscando novas formas de geração de trabalho e renda na região.

Uma característica marcante da produção é a utilização das técnicas de fuxico, de retalhos, entre outras, aplicadas em uma vasta linha de produtos como colchas, tapetes, bonecas, bolsas, camisetas, almofadas, pano de prato, entre outros. Atualmente o grupo tem desenvolvido bolsas de raifa, visando substituir as sacolas plásticas usadas nos supermercados e em outros locais.

Alpha.com

A Coopertiva Alpha.com tem como atividade produtiva o trabalho com informática. Este se constitui a partir de formações do Sampa.Org (Programa, ligado à Prefeitura de São Paulo, voltado à inclusão digital) em 2003, ano no qual foi iniciado o processo de incubação pela ITCP-USP.

O processo de legalização da Cooperativa ocorreu em 2004; no ano de 2005 esta foi desincubada pela ITCP-USP, transformando-se em parceiro da Rede de Economia Solidária da Zona Sul e estabelecendo sua sede no Centro de Referência em Economia Solidária.

Atualmente a cooperativa desenvolve as seguintes atividades: projetos de inclusão digital; manutenção e assessoria em hardware; elaboração de projetos, implantação, manutenção e assessoria em redes de computadores; implantação, migração e assessoria em software e proprietário; treinamento em informática básica, redes e software livre; e desenvolvimento de páginas de internet (web desing).

Microlhar

O grupo Microlhar é um empreendimento de Economia Solidária que foi constituído em 2006, após formações em audiovisual, especificamente em vídeo digital, fornecido por ONGS. Este é composto por 4 integrantes, de faixa etária de 18 a 22 anos, provenientes de camadas populares da cidade de São Paulo.

O objetivo do grupo é contribuir para democratização dos meios de comunicação, para tal este vêem se articulado e estabelecendo parcerias e apoios. Atualmente são desenvolvidas oficinas de leitura de imagens no Centro de Referência em Economia Solidária da Zona Sul de São Paulo, com o financiamento do programa Vai da Secretaria de Cultura da Cidade de São Paulo e parceria com a ONG Ação Educativa, o Instituto Cáritas e a Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da USP.

Mãos de Fada

O grupo Mãos de Fada foi formado em junho de 2007, por mulheres que residem no Bairro do Jardim Ângela em São Paulo. Este tem como atividade produtiva a costura e artesanato, desenvolvendo bolsas, artigos em crochê, tricô e peças por meio de teares manuais.


Estrela D`Alva

Estrela D`Alva é um grupo composto por mulheres e foi formado a partir da iniciativa da ONG Ponte Brasil Itália. Localizado no espaço físico da ONG, Zona Oeste de São Paulo, o grupo recebeu capacitação em costura, designer e introdução ao cooperativismo.

O início do processo de incubação ocorreu em novembro de 2007 e a produção é centrada, sobretudo, em bolsas, mochilas e outros artigos de artesanais.

Grupo de Alimentação do Jardim São Luiz



O grupo formou-se a partir de um projeto de geração de renda da Casa de Cultura do Jd São Luiz, a qual cede o espaço de produção e venda para o grupo. Este está em processo de pré-incubação, que consiste em formações periódicas em Economia Solidária.

A Produção é centrada em diversos doces e salgados, produtos com alta qualidade devido a formação profissional que é dada para seus membros. Um sábado por mês o grupo realiza oficinas de culinária, aberta a qualquer interessado, na qual sensibiliza a comunidade, atraindo novos membros.

As vendas são feitas por encomenda ou por varejo, nos três pontos de venda do grupo, na frente da Casa de Cultura, no escritório da Consul, e em Alphaville. As diversas parcerias que o grupo possuí são o que, majoritariamente, permite o escoamento da produção.



OUTRAS ESTRATÉGIAS:

Clube de Trocas do Jardim Ângela

O Clube de Trocas do Jardim Ângela iniciou suas atividades em julho de 2002. É um empreendimento de Economia Solidária no qual as pessoas e grupos produtivos se reúnem para trocar produtos, serviços ou saberes entre si, por meio da moeda social, uma moeda gerida democraticamente pelo grupo.

É um espaço no qual ocorre compra e venda, portanto comercialização e consumo. Estas são realizadas, não de acordo com as regras pré-definidas pelo mercado, mas com as regras acordadas coletivamente pelos participantes do clube, que ocupam o espaço e o transformam de acordo com suas relações de grupo.

Clubes de Compras

Esta estratégia pauta-se na organização autogestionária do consumo, por meio de compras

realizadas em conjunto, que levam ao barateamento destas.


Tal permite tanto descomprimir o orçamento familiar, quanto a promoção de laços de

solidariedade e cooperação entre os envolvidos, preparando assim um terreno fértil para o

surgimento de novas experiências de cooperação.

Portanto, trata-se de uma associação de consumidores, que buscam fazer compras conjuntas e

em grande escala, diretamente ou o mais próximo possível do produtor, para reduzir os custos da

compra.

BTS – Banco de Trocas Solidárias

A estratégia foi criada em 2005 para fornecer e gerir, coletivamente, micro-crédito produtivo orientado para os empreendimentos, interligado com moeda social no Clube de Trocas. Assim, o BTS financia aos empreendimentos matéria-prima e equipamentos, a serem pagos por meio da moeda social no Clube de Trocas.

Atualmente, tem sua atividade exercida, sobretudo, na gestão das trocas desenvolvidas no Clube de Trocas, entre formadores e os participantes dos empreendimentos e comunidade.



CONTATOS: